Os ambientes recifais são ecossistemas importantes no litoral, pois nesta região concentra-se a maior parte da população humana. Muitas atividades são desenvolvidas nestas áreas, tornando-as atrativas à recreação. Porém, estas atividades não são realizadas com o devido cuidado e fiscalização, causando impactos nas comunidades desse habitat.

Podemos constatar que os maiores impactos são causados pelo mergulho, a pesca seletiva, o lixo, a ancoragem de barcos diretamente sobre os recifes, a alimentação artificial de peixes, pisoteio, derramamento de óleo além do branqueamento devido a mudanças climáticas.

O principal impacto em recifes de corais é a pesca seletiva, onde toda estrutura do recife pode ser alterada devido a uma cascata de interações. Como conseqüência, enquanto a abundância de algumas espécies é drasticamente colapsada particularmente as miradas pela pesca, são beneficiadas outras espécies, aumentando rapidamente o tamanho da população deles. Como resultado desta discrepância, a estrutura de comunidade inteira é modificada.

Atividades recreativas aparecem como um componente secundário no potencial para alterar estrutura do recife. Porém, atividades recreativas descontroladas também são potencialmente ameaçadoras.

A exploração predatória dos recursos florestais, principalmente a madeira, a agricultura da cana-de-açúcar, pecuária, eucalipto, café e coqueirais provocou a supressão de grande parte da vegetação originalmente existente.

Atualmente o crescimento urbano e atividades industriais são os principais fatores de degradação desse ecossistema.

A eliminação da vegetação natural pra construções de casas e condomínios de luxo ou para fins de lazer e turismo tem gerado importantes impactos nesse ecossistema como mudanças das bacias de drenagens naturais por aterros ou canalizações. A construção de estradas também tem alterado a vegetação natural e geram barreiras ao fluxo natural de água e ao fluxo de animais terrestres.

Um dos principais problemas nesse ambiente é a erosão devido à construção de estruturas fixas nas dunas frontais, como a urbanização da orla e a ocupação pelo setor imobiliário, obstruindo a movimentação natural de reposição e transporte de areias pelo vento e pelo mar.

Uma importante causa à degradação dos estuários é seu contínuo uso como áreas para assentamentos urbanos e o desenvolvimento de atividades industriais, portuárias, pesqueiras, turísticas e de exploração mineral sem planejamento adequado, resultando em impactos, seja por contaminação dos organismos aquáticos, alteração do ciclo reprodutivo, diminuição das espécies de interesse econômico, perda de valores estéticos e paisagísticos, proliferação de vetores patogênicos, erosão do solo entre outros.

Entre os principais atividades existentes na plataforma continental estão a pesca, a exploração de petróleo, mineração, dragagem de areia e a deposição de esgoto e lixo. 

Os impactos gerados por essas atividades vão desde a perda do habitat de diversas espécies bentônicas à poluição por petróleo, resíduos gerados por navios e efluentes domésticos e industrias.

ANGULO, R., 2005. Aspectos físicos das dinâmicas de ambientes costeiros, seus usos e conflitos. Desenvolvimento e Meio Ambiente, América do Sul. 

NETO, A. M., 2002. Morfologia e Sedimentologia da Plataforma Continental entre os Rios Itariri e Itapicuru, Litoral Norte do Estado da Bahia. Dissertação de Mestrado. Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia.

NUNES, A.S., 2003. Habitats Essenciais para os Peixes Explorados pela Frota “Linheira” do Porto de Santana, Rio Vermelho, Salvador – Bahia. Dissertação de Mestrado. Instituto de Geociências. Universidade Federal da Bahia.